- Ano: 2012
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Fotografias:Edmund Sumner, Gillespies
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Fabricantes: IGP Powder Coatings
Descrição enviada pela equipe de projeto. NEO Bankside compreende 217 unidades residenciais em quadro volumes hexagonais variando de 12 a 24 pavimentos e um bloco de escritórios com 6 andares, localizados próximos ao Tate Modern, um dos museus mais visitados do mundo.
Todos os edifícios do conjunto acatam as linhas do contexto imediato, o que é a qualidade de todo o conjunto - ao contrário de partes individuais - e é o que dá força ao projeto. A concepção global remete à herança industrial da área durante os séculos 19 e 20, respondendo em uma linguagem contemporânea que reinterpreta a coloração e materiais da arquitetura característica. Os pavilhões de aço e vidro encaixam-se perfeitamente na paisagem de Bankside; os vermelhos oxidados do Jardim de Inverno ecoam o Tate Modern e a Ponte Blackfriars, próxima, enquanto que os painéis externos em madeira, conferem ao edifício uma sensação aconchegante residencial. O sistema estrutural característico, com tirantes externos, removeu a necessidade de paredes estruturais e criou espaços altamente flexíveis nos apartamentos. Os tirantes são localizados por fora do plano de revestimentos, permitindo que se expresse como um sistema legível e característico, conferindo ao conjunto uma linguagem carismática. Torres de elevadores envidraçadas proporcionam a todos os ocupantes excelentes vistas de Londres e do rio, além de uma expressão dinâmica da circulação vertical no lado oriental de cada edificação. Jardins de inverno são formados e fecham com vidro as varandas nos extremos norte e sul de cada edifício, suspensos da estrutura principal em uma plataforma leve, com grandes painéis deslizantes. Eles agem como adições ao espaço interior e terraços fechados.
Uma generosa esfera pública é também criada ao nível do solo com bosques paisagísticos definindo duas claras vias públicas através do lote, ligando os jardins no exterior do Tate Modern até a rua Southwark. A permeabilidade através do local foi um fator chave do projeto e a disposição imaginativa dos volumes fornece aos moradores generosas acomodações e máxima iluminação natural.
O escritório de paisagismo Gillespies criou uma série de espaços ajardinados com ricos detalhes, em torno dos caminhos dos edifícios. A paisagem final apresenta um plantio suave inspirado por vegetações nativas, equilibrando muito bem com as linhas contemporâneas dos edifícios. Excepcionalmente, no coração de uma cidade, os espaços ao ar livre oferecem oportunidades aos moradores para envolver-se com a natureza e criar um novo ambiente micro-ecológico estabelecido neste cenário urbano. Os jardins elegantes e calmos integram o Bankside NEO com o vizinho Tate Modern e seu entorno, proporcionando o acesso do público durante o dia, bem como um ambiente seguro e privado para desfrute dos residentes.
O projeto paisagístico foi desenvolvido para fornecer jardins privados aos residentes, enquanto que os separa distintamente das vias públicas. Uma estratégia paisagística inovadora foi introduzida desde o princípio para definir o limite entre os espaços privados e os publicamente acessíveis. Esta definição foi conseguida através do uso de bermas abundantemente plantadas, valas de seixo-alinhados, estacas de pedras alinhadas e calçadas estreitas que se combinam para criar um forte senso de identidade para o local. As bermas plantadas são uma assinatura recorrente e atuam como um limite entre o público e o privado, dissecadas por uma rede de caminhos de moradores. As bermas também complementam a paisagem do Tate Modern, vinculando este lote em seu contexto mais amplo.